É um divisor de tintas na pintura inicial de Lee Kauê
atrás da realidade
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
detrás do carnaval
esconde a veste carnal
dos hipócritas
a policromia tanta
fere os olhos
do catador de latas
que espreita
o sambar da direita
moléculas de maturidade
esconde a veste carnal
dos hipócritas
a policromia tanta
fere os olhos
do catador de latas
que espreita
o sambar da direita
moléculas de maturidade
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
há momentos que navegamos
em rios secos e poluídos
e jamais imaginamos encontrar
um broto verde
ou uma molécula de água
e quando abrimos os olhos
foi-se uma fase
chegou-se a maturidade
elementos incoativos
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
alguns elementos
que não temosferem, sangram, mancham,desmancham...
e os sinais com o tempo
não desaparecem...
fazendo crescer vontades incoativas
de conquistar pódios singulares
pessoa feminina
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
tens braços abertos
e baionéticos
és liqüidificadora de raças
acordas espectros mudos
semeias, nas madrugadas
defuntas idéias morféticas
paralisando átomos irreverentes
ressuscitando vidas diferentes
alquimia das idéias
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
ao vaguear pelo espaço
limito desejos e orgasmos
reestruturo fé e religião
coleciono sapiências...
me eremito no Império Viina
manipulando telas, músicas, poemas...
componho assim o ópio do meu viver
e que alucina minha vagina ferver
aspiração de experiências
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
dos universos imaterializados
que a cada instante conheço
aspiro experiências
e as fecundo com minha leiguice
e sem esperar nove meses
nascem em mim portais altruísticos
e meu espírito em segredo
é condecorado pelos meus ancestrais
selva de pedra
selva de pedra
Pintura e Poesia de: Lee Kauê
o calor - a inquietude
a fome de viver
a juventude
a selvagem cidade
cresce sem identidade
com folhas de concreto
ergue a cegueira
impede a visão do teto
